Criatividade e geração de ideias: Brainstorming ou tempestade de ideias

Brainstorming é um termo da língua inglesa que significa em português ‘tempestade de ideias’, Baxter (2008, p. 67) informa que: O brainstorming é um termo cunhado por Alex Osborn em 1953, […] brainstorming ou sessão de ‘agitação’ de ideias é realizado em grupo, composto de um líder e cerca de cinco membros regulares e outros […]

Brainstorming é um termo da língua inglesa que significa em português ‘tempestade de ideias’, Baxter (2008, p. 67) informa que:

O brainstorming é um termo cunhado por Alex Osborn em 1953, […] brainstorming ou sessão de ‘agitação’ de ideias é realizado em grupo, composto de um líder e cerca de cinco membros regulares e outros cinco convidados. Os membros regulares servem para dar ritmo ao processo e outros cinco convidados podem ser especialistas.

Aplicando a ferramenta

Essa técnica utiliza uma base quantitativa, “brainstorming baseia-se no princípio: ‘quanto mais ideias, melhor’” Baxter (2008, p. 68). Geralmente é realizada em grupos de 6 ou mais pessoas, sendo uma delas um mediador responsável por direcionar o foco da ferramentas e garantir que suas regras e etapas sejam cumpridas. Baxter loc. cit. sugere cinco membros regulares e mais cinco membros convidados, esses podendo ou não ser especialistas no assunto abordado pelo projeto.

Segundo Baxter (2008, p. 68) através do uso dessa ferramenta “É possível conseguir mais de 100 ideias em uma sessão de uma a duas horas. As ideias iniciais geralmente são as mais óbvias e aquelas melhores e mais criativas costumam aparecer na parte final da sessão”. O Brainstorming para que corretamente aplicado consistem em seis  etapas Baxter (2008, p. 67): orientação, preparação, análise, ideação, incubação, síntese, avaliação.

Para que a geração de ideias seja concisa e possa fluir naturalmente é importante abordar quatro regras trazidas por Wechsler (2002, p. 224) e Alencar (2000, p. 49) que enfocam:

  1. Não critique: em nenhum momento as ideias geradas pela etapa de ideação podem ser criticadas ou censuradas, pois tais atitudes tendem a bloquear a linha criativa das pessoas prejudicando assim toda a seção;
  2. Suspenda julgamentos;
  3. Quanto mais ideias melhor: através da quantificação de ideias aumentam as chances de surgirem ideias consideradas eficazes para um determinado contexto;
  4. Pegue carona nas ideias dos outros: significa complementar ou aperfeiçoar uma ideia trazida por outro companheiro do grupo;
  5. Crie um ambiente de humor livre de punições: isso ajuda a remover distrações e demais problemas que cada individuo possa ter ao concentrar sua mente na geração de ideias.
Exemplo de ambiente “descontraído”

Na etapa de avaliação das ideias as regras sobre críticas e julgamentos são ignoradas, pois esse é o momento de avaliar o que foi produzido e enquadrar as realidades de mercado, conforme afirma Alencar (2000, p. 49), “Somente em uma etapa posterior, são as ideias revisadas, aperfeiçoadas e, a seguir, avaliadas, ocasião em que se escolhem as de maior utilidade para resolver o problema”.

Alguns fatores externos podem influenciar positivamente a aplicação dessa ferramenta conforme defende Wechsler (2002, p. 225) dizendo que “Muitas pessoas pensam melhor quando podem ver o estímulo ou ter a imagem do problema. […] é recomendável que se tente utilizar sempre a visualização, combinada com a audição e o tato (escrever ou desenhar)”.

Portanto conclui-se que para garantir um bom aproveitamento da ferramenta, além de seguir as regras de não criticar ou mensurar ideias é interessante disponibilizar papéis, canetas e tintas para que se possa melhor expressar-se. O uso de alguma ferramenta de brainstorming colaborativa pode ser útil pois permite que os participantes possam expressar suas ideias sem a necessidade de interromper o atual orador, evitando assim que ideias possam se perder ao longo das discussões. Particularmente defendo também o uso de uma losa digital ou um monitor como “painel agrupador de idéias” gerenciado pelo mediador para oferecer uma visão geral do andamento da conversa a todos os participantes.

Por fim, destaca-se também a flexibilidade da ferramenta, pois Schlicksupp defende que (1999,  p. 26) “Essa técnica também pode servir como um primeiro impulso para se usarem ferramentas mais avançadas, trazendo à tona, primeiramente, as ideias mais óbvias e acessíveis”. E assim podendo ser combinada com outras ferramentas para melhor aproveitamento.

Referências

ALENCAR, Eunice M. L. Soriano de. O processo da criatividade. São Paulo: Makron, 2000.

BAXTER, Mike. Projeto de produto: Guia prático para o design de novos produtos. São Paulo: Edgard Blucher, 2008.

SCHLICKSUPP, Helmut; KING, Bob. Criatividade: Uma vantagem competitiva. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999.

WHESHSLER, Solange Muglia. Criatividade: descobrindo e encorajando. Campinas: Livro Pleno, 2002.

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Cometários

    1. Oruam, de fato uma planilha poderia ajudar. Basicamente as fases do Brainstorming são as seguintes:

      1. Preparação: onde é discutido o tema de modo a nivelar os conhecimentos. Um pequeno texto introdutório já é suficiente. Algo com não mais que três parágrafos.
      2. Ideação: aqui é a aplicação da técnica em si utilizando das regras descritas no post
      3. Análise: uma vez que a etapa de expansão está concluída, começa a análise das ideias uma a uma, neste momento está liberado o julgamento pois o objetivo é descartar as ideias que não se aplicam ao seu problema.

      Existem outras ferramentas que são eficientes nessa etapa de análise, uma delas é a matriz de avaliação.

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